segunda-feira, abril 17, 2017

A bomba atômica foi fundamental para a vitória dos Aliados?

Na manhã de dia 6 de agosto de 1945 um avião norte-americano jogou sobre a cidade de Hiroshima, uma única bomba, de urânio. Ela foi detonada a 600 metros de altura. Em segundos, mais de 100 mil vidas humanas foram ceifadas. Os sobreviventes tiveram que lidar com um mundo de terror: sombras de pessoas, gravadas da pedra, eram as únicas lembranças da vítimas no epicentro da explosão, cavalos pegando fogo andavam pelas ruas, vidros tinham explodido perto de pessoas, fazendo com que os cacos grudassem em suas peles.
No dia seguinte, uma segunda bomba, agora de plutônio, foi jogada sobre Nagasaki, provocando 80 mil mortes.
A pergunta que se faz até hoje é: era realmente necessário utilizar as bombas atômicas? Ou: o lançamento das bombas foi fundamental para o fim da II Guerra Mundial? A resposta a essas perguntas é provavelmente não.
Em agosto de 1945 o III Reich já estava totalmente destroçado, oferecendo pouquíssima resistência aos exércitos aliados. Além disso, se fosse realmente para terminar a guerra, a bomba poderia ser lançada contra Berlim.
A decisão sobre a bomba parece muito política do que estratégica. Além do objetivo evidente de apressar a derrota do Japão, os EUA pretendiam mostrar seu poder militar aos russos. Até aquela altura, os norte-americanos tinham sido os aliados mais fracos na aliança que juntou Inglaterra, Rússia e EUA. Com o lançamento da bomba atômica os americanos mostraram quem seria a grande potência dali para a frente.

Além disso, provavelmente, os militares e cietistas norte-americanos queriam saber o que aconteceria quando a bomba fosse usada para matar pessoas. Ou seja, Hiroshima foi um espetáculo e um laboratório. 

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