quinta-feira, outubro 13, 2016

Uma história imaginária

Imaginem um país imaginário. Nesse país imaginário o imperador inventou que uma boa forma de estimular o desenvolvimento do país era emprestando dinheiro para os empresários. E criou um banco para fazer isso.
E o banco emprestava muito. 270 quaquilhões de pessetas. Mas em troca pedia juros tão baixos, tão baixos que não dava para cobrir nem a inflação do período e isso criava um enorme rombo no orçamento.
Para cobrir esse rombo, o imperador foi pedir dinheiro emprestado para aqueles mesmos empresários.
Mas os empresários não tinha entendido muito bem como era a brincadeira e cobravam juros altíssimos.
Então, a dívida que já estava grande ficava maior e maior e maior e maior.
A ideia do imperador não dava certo porque as empresas abriam, mas não havia ninguém para consumir seus produtos - e muitas empresas eram criadas só para que os empresários pudessem pegar dinheiro com governo e investir, alguns até emprestando dinheiro para o próprio governo - porque afinal era muito divertido pegar dinheiro com o governo e depois emprestar para o governo e todos riam muito. O imperador fazia banquetes para seus conselheiros e empresários e todo mundo dizia que o banco era um sucesso e todos se divertiam muito com essa brincadeira.
E a dívida ia aumentando, aumentando, aumentando. Um dia ficou impossível continuar e o imperador disse:
- Olha, todo mundo vai ter que apertar os cintos. Exceto o banco, que o banco é um sucesso.
E comemoraram com um banquete.
Essa é uma história ficcional. Qualquer semelhança com fatos e pessoas reais é mera coincidência.

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