segunda-feira, junho 30, 2008

Wall-E


Fomos assistir Wall-E, a mais recente animação da Pixel. É a história de um futuro em que a terra ficou tão cheia de lixo que os humanos patiram numa nave espacial, deixando robôs para fazerem a limpeza. Mas a contaminação era tão grande que a viagem que deveria durar cinco anos se estende por séculos. Enquanto isso, os humanos vão ficando cada vez mais alienados e gordos. Sintomáticas as cenas em que duas pessoas estão, uma do lado da outra, mas conversam pela internet, ou aquela em que as pessoas vão para psicina, mas não entram na água.
O personagem principal é um desses robôs deixados para fazer a limpeza, o Wall-E do título. Wall-E é mais humano que a maioria dos personagens humanos de outros filmes. Embora seja um robô, ele é tridimensional: é romântico, apaixonado, mas também covarde e medroso. Mas, quando surge uma robô chamada Eva, Wall-E precisará superar seus medos para conquistar seu amor e, talvez, salvar a humanidade. Embora a Pixel tenha ficado famosa pela tecnologia de animação em 3D, o que impressiona mesmo é o roteiro muito bem estruturado. Até mesmo um personagem terciário, como o robozinho responsável por desinfetar a nave (e que parece ter sido colocado no filme apenas para garantir algumas gags visuais) acaba tendo importância fundamental na história.
Além disso, o filme vale pela muito bem sacada crítica à tanto à alienação quanto à forma como estamos tratando o planeta.
De negativo apenas algumas forçadas de barra no roteiro. Os humanos, por exemplo, compram muito rápido a idéia de voltar para a Terra...

1 comentário:

Unknown disse...

É impressão minha, ou o robozinho lembra o Woody Allen? E mesmo o nome do filme lembra o nome do autor/escritor/ator/pai adotivo e algo mais...
Talvez seja algo que comi.